Marcelo Fromer nasceu no dia 3 de dezembro de 1961, e cresceu em
São Paulo, numa casa que vivia repleta de amigos, entre eles
Branco Mello, que conheceu aos 13 anos, no colégio Hugo Sarmento.
Aos 15, descobriu Chico Buarque, Beatles e a Tropicália e
começou a estudar violão, com Luiz Tati, do grupo
Rumo. Foi no período em que estava no colégio Equipe,
entre 1977 e 79, que formou o Trio Mamão, ao lado de Branco
e Tony Bellotto. Mas, como detestava cantar, era o único
do trio que se dedicava exclusivamente ao violão.
Foi também no Equipe que ele, o inseparável amigo
Branco e outros colegas criaram a "Papagaio", uma revista
que misturava histórias em quadrinhos, poesias e textos ácidos
sobre decisões internas da escola. Enquanto isso, não
parava de compor e tocar. A música, porém, concorria
com outra atividade que Marcelo também levava a sério:
o futebol. Torcedor doente do São Paulo, chegou a treinar
no juvenil e nos juniores do clube paulista.
Terminado o colégio, Marcelo chegou a experimentar a faculdade
de Letras na USP, ao lado de Branco, mas os dois abandonaram o curso
antes de completar dois anos. Em 1981, na pré-estréia
dos Titãs do Iê-Iê no evento "A Idade da
Pedra Jovem", Marcelo se empolgou e o show inteiro tocou guitarra
como se fosse violão, sem palheta. Chegou ao fim da noite
com os dedos em carne viva e com manchas de sangue em sua Giannini
creme.
Em 84, com o lançamento do primeiro LP dos Titãs,
Marcelo mostrou que tinha talento não só como guitarrista,
mas também para gerenciar a banda. Informalmente, assumiu
o posto de homem de negócios do grupo. Renovações
de contrato, cachês de shows e todas as decisões burocráticas
precisavam ter o seu aval. Com as primeiras turnês dos Titãs
pelo país, veio à tona outra paixão de Marcelo:
a gastronomia. Era ele quem normalmente escolhia os restaurantes
onde a banda iria comer nas cidades pelas quais passavam.
O lado empresário e gourmet se encontraram no Rock Dog, lanchonete
especializada em cachorro-quente que ele abriu em 89, em São
Paulo, em sociedade com os irmãos Thiago e Cuca, e com Branco
e Bellotto. Em 2000, tornou-se sócio da pizzaria Campana,
também na capital paulista. Um ano antes, Marcelo já
tinha mostrado seus dotes culinários no livro "Você
Tem Fome de Quê?", no qual listava receitas de vários
restaurantes brasileiros combinadas com cifras e curiosidades de
alguns sucessos da banda.
No dia 11 de junho de 2001, na véspera de começar
a gravar o 13o disco dos Titãs, "A Melhor Banda de Todos
os Tempos da Última Semana", Marcelo foi atropelado
em São Paulo por um motoboy, enquanto praticava cooper. Morreu
dois dias depois, deixando três filhos: Susy, de seu primeiro
casamento com Martha Locatelli Fromer, e Alice e Max, de seu segundo
casamento, com Ana Cristina Martinelli, a Tina.

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